sábado, 7 de agosto de 2010

Bullying - Trabalhando com tirinhas


BULLYING: TRABALHANDO COM TIRINHAS (parte1)



Objetivos: Trabalhar com um texto leve e com imagens para dar início às atividades de interpretação, avaliar o nível de interpretação a que os alunos conseguem chegar, introdução e discussão do tema bullying, introdução ao texto narrativo.


Conteúdo: leitura, interpretação e produção textual.


Métodos / estratégias: Serão distribuídas entre os alunos 5 tirinhas do Calvin, abordando a temática Bullying na escola. Deve-se discutir se eles conhecem o personagem e contextualizar a história previamente. Em seguida, será dado o seguinte questionário:

a) Tirinha 1: Quais os personagens que aparecem?

b) Tirinha 1: Por que Calvin se submete às ordens do menino Moe?

c) Tirinha 2: O mesmo menino volta a ameaçar Calvin. Qual o termo que Moe usa para se dirigir a Calvin? O que você acha do termo usado?

d) Tirinha 2: Calvin diz odiar Educação Física. Você acha que esse ódio tem alguma relação com os atos de Moe?

e) Tirinha 3: Calvin teve coragem de se opor a Moe. Qual a consequência disso?

f) Tirinha 3: Você concorda com a afirmação de Calvin em sua última fala? Explique.

g) Qual você acha que deve ser o motivo pelo qual Moe toma atitudes agressivas em relação a Calvin?

h) Qual você acha que deveria ser a atitude de Calvin para não ter mais problemas com Moe?

i) Você já viu alguma situação semelhante em sua escola? Conte como aconteceu.

j) Assinale o termo abaixo que você acha que pode ser mais corretamente aplicado ao ocorrido entre Calvin e Moe:
( ) Racismo = é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras.

( ) Violência doméstica = é aviolância, explícita ou velada, literalmente praticada dentro de casa ou no âmbito familiar, entre indivíduos unidos por parentesco civil (marido e mulher, sogra, padrasto) ou parentesco natural pai, mãe, filhos, irmãos etc.

( ) Bullying = termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.


As respostas serão debatidas em grupo, ou entregues à professora.

Recursos didáticos: Tirinhas, caneta, quadro.

Avaliação: Os resultados (respostas dos questionários) servirão como base para a professora identificar qual o nível de interpretação dos textos em que se enquadra a turma; além disso, os alunos deverão ser capazes de identificar o que é bullying e de pensar em soluções para esses casos.


BULLYING: TRABALHANDO COM TIRINHAS (PARTE 2)

Objetivos: Criar tirinhas com assuntos relacionados ao bullying de forma que possam expressar o entendimento do aluno sobre o tema, além de contribuir em uma campanha da escola contra formas de discriminação.


Conteúdo: Produção textual em forma de tirinhas.

Método/ estratégia: A turma deve organizar-se em dupla, discutir e criar uma breve história relatando em poucos quadrinhos alguma situação de bullying que tenha presenciado, vivido ou imaginado. A história deve ser apresentada em forma de quadrinhos de pouca extensão e conter um desenvolvimento que leve, preferencialmente, ao riso e à reflexão. Cada dupla deve fazer primeiramente a parte textual, um esboço e, por fim, a arte final com muito capricho.

 
Recursos: Folhas de ofício, lápis, lápis de cor, hidrocor.


Avaliação: O trabalho valerá nota, sendo cobrado o que já foi estudado e, se necessário, deixados feedbacks.



Criando um texto de apresentação

Objetivos: Promover a interação com a turma, fazer levantamento de dificuldades ortográficas, exercitar a criatividade, produzir um texto menos óbvio de auto apresentação. Percebe-se que os textos de apresentação acabam caindo em informações óbvias, pouco explicadas e sem conexão entre uma e outra. A atividade proposta busca desviar desses problemas e ainda proporciona ao professor um panorama tanto para conhecer mais a fundo seus alunos como para verificar como anda a escrita dos mesmo. Trata-se, portanto, de uma atividade ideal para o primeiro dia de aula.


Conteúdo: Produção textual e leitura oral


Duração: 2 aulas


Métodos / Estratégias: Cada aluno receberá uma folha com várias afirmações que possam lhe caracterizar e deverá destacar aquelas que considerar verdadeiras, passando as demais adiante. A partir das afirmações deverá produzir um texto, seguindo algumas estratégias explicitadas pela professora, conforme segue.


- O texto deve possuir introdução, desenvolvimento e conclusão.

- O texto não deve ser formado apenas pelas frases escolhidas, mas, a partir das mesmas, deve-se explorar o assunto e contar outras informações ou até mesmo pequenas histórias que possam elucidar mais sobre suas características.

- Ao mudar de assunto, não fazer isso de forma repentina, sempre deixar um gancho.


O texto será apresentado oralmente, sendo que lido por outro colega de forma que os demais deverão descobrir de quem se trata a autoria.


Recursos didáticos: folha de afirmações entregue pela professora (em anexo), tesoura, papel e caneta


Avaliação: A avaliação será no sentido de o professor preparar aulas adequadas às características da turma, assim como resolver determinadas dificuldades ortográficas que possam aparecer.


Abaixo seguem algumas frases utilizadas as quais pareceram ter mais identificação por parte dos alunos:

Tenho medo de que meus pais me repreendam por algo que fiz.

Só gosto de ler histórias em quadrinhos.

Adoro assistir a novelas.

Estou entrando na adolescência e minha mãe ainda me coloca de castigo.

Já fugi de casa para sair com amigos.
Sou louco por vídeo game, passo a tarde toda jogando.

Sonho em ser muitas coisas, mas acho tudo muito difícil de se realizar.

Adoro me comunicar pela Internet.

Nada melhor do que tomar um banho de chuva.
Quero poder sair à noite, mas meus pais não deixam.

domingo, 1 de agosto de 2010

A VELHA CONTRABANDISTA

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:

- É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.

- Juro – respondeu o fiscal.

- É lambreta.

(Stanislaw Ponte Preta)

http://simplesmenteportugues.blogspot.com/2009/11/atividade-interpretacao-de-texto-5.html

A cigarra e a formiga - relações intertextuais entre dois textos sobre a mesma fábula

TEXTO 1: A CIGARRA E A FORMIGA


La Fontaine



Tendo a cigarra cantado durante o verão,

Apavorou-se com o frio da próxima estação.

Sem mosca ou verme para se alimentar,

Com fome, foi ver a formiga, sua vizinha,

pedindo-lhe alguns grãos para agüentar

Até vir uma época mais quentinha!

- "Eu lhe pagarei", disse ela,

- "Antes do verão, palavra de animal,

Os juros e também o capital."

A formiga não gosta de emprestar,

É esse um de seus defeitos.

"O que você fazia no calor de outrora?"

Perguntou-lhe ela com certa esperteza.

- "Noite e dia, eu cantava no meu posto,

Sem querer dar-lhe desgosto."

- "Você cantava? Que beleza!

Pois, então, dance agora!"


TEXTO 2: A CIGARRA E A FORMIGA - Vejam uma releitura da fábula de La Fontaine:

Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra, muito amigas.

Durante todo o outono a formiguinha trabalhou sem parar armazenar comida para o período de inverno, não aproveitou nada do sol, da brisa suave do fim da tarde e nem do bate papo com os amigos ao final do expediente de trabalho tomando uma cerveja, seu nome era trabalho e seu sobrenome, sempre.

Enquanto isso a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos nos bares da cidade, não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu para valer sem se preocupar com o inverno que estava por vir.

Então, passados alguns dias, começou a esfriar, era o inverno que estava começando. A formiguinha exausta entrou em sua singela e aconchegante toca repleta de comida.

Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da toca e quando abriu a porta para ver quem era, ficou surpresa com o que viu, sua amiga cigarra dentro de uma Ferrari com um maravilhoso casaco de vison.

E a cigarra falou para a formiguinha: Olá amiga, vou passar o inverno em Paris, será que você poderia cuidar de minha toca? E a formiguinha respondeu: Claro, sem problema, mas o que lhe aconteceu que você vai para Paris e está com esta Ferrari?

No que a cigarra responde: Imagine você que eu estava cantando em um bar na semana passada e um produtor gostou da minha voz e fechei um contrato de seis meses para fazer shows em Paris... A propósito, a amiga deseja algo de lá?

Respondeu a formiguinha: Desejo sim, se você encontrar por lá um tal de La Fontaine, mande ele catar lata !

Moral da história:

Aproveite sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício em fábulas do La Fontaine.

Tecendo a manhã


"Um galo sozinho não tece a manhã:

ele precisará sempre de outros galos.



De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro: de um outro galo

que apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzam

os fios de sol de seus gritos de galo

para que a manhã, desde uma tela tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.



E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.



A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão".

(João Cabral de Melo Neto)


http://www.consciencia.net/2006/0117-melo-neto.html

Sugestão que de atividade de compreensão do poema:

1- O texto, por ser um poema, é composto por versos, que consiste em cada linha do poema. A partir dessa afirmação responda:


a) Quantos versos possui o poema?

b) Esses versos estão reunidos em grupos? Quantos versos há em cada grupo?

c) Você já viu outras obras que também se dividem em versos? Cite alguma.


2- Os grupos de versos se chamam estrofes. Sabendo disso, responda as perguntas que seguem:

a) Qual a idéia principal da primeira estrofe?

b) Na segunda estrofe o poeta passa a idéia de que os galos atiram seu grito uns aos outros como quem lança um fio que tece a manhã como uma teia. Isso seria possível se fosse um galo sozinho?

c) Na terceira estrofe, enfim, surge a __________.

d) Na quarta e última estrofe, como se dá o desfecho do poema?


3- Na sua opinião, o que podem estar representando os galos citados no poema?

4- Por que eles precisam se juntar para tecer a manhã?


5- Você acha que a manhã pode estar representando outras coisas que precisam da união de “galos” para que sejam “tecidas”? O que você citaria?