terça-feira, 29 de abril de 2014

TESTE DE PERSONALIDADE*

RESPONDA E DEPOIS VIRE A FOLHA PARA DESCOBRIR COISAS QUE NUNCA SOUBE A RESPEITO DE VOCÊ MESMO.
Qual é o seu animal favorito?
____________________________________________
Cite quatro adjetivos que descrevem por que você gosta desse animal: (EXEMPLO: AMIGÁVEL, LEGAL ETC.)
____________________________________________
Qual é a sua cor favorita?
____________________________________________
Relacione quatro adjetivos que descrevam por que você gosta dessa cor:
__________ ___________ ___________ ___________
Qual é o título do último livro que você leu?
_____________________________________________
Liste quatro adjetivos que descrevam o que você achou do livro:
__________ __________ ___________ ____________
Qual é o nome do seu filme favorito?
_____________________________________________
Cite quatro adjetivos que descrevam por que você gosta desse filme:
___________ _____________ ____________ _____________

Os adjetivos que você citou para seu animal favorito descrevem o que você pensa de si mesmo.
Os adjetivos que você relacionou para sua cor favorita descrevem o que os outros pensam de você.
Os adjetivos que você listou para o último  livro que você leu descrevem o que você pensa da escola.
Os adjetivos que citou para seu filme favorito descrevem como você será daqui a trinta anos.

* Esta atividade foi retirada do livro "Diário de um Banana - Faça você mesmo", de Jeff Kinney e é indicada para trabalhar adjetivos. A última parte deve ser impressa de cabeça para baixo ou entregue separadamente aos alunos.

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sexta-feira, 18 de abril de 2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

PIADAS

Um menino chegou para o pai que se chamava Ovídio: 
- Oh, pai, na escola falaram que o senhor está ultrapassado, porque agora o bom é ODVD.


O garoto pergunta ao pai:
- Pai, o que é isso?
São ameixas pretas, meu filho!
E por que são vermelhas?
Por que estão verdes!


-Professora, alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez?
-Não, Zezinho, nunca!
-Então, estou livre! Não fiz a lição.


A filha chegou em casa, e o seu pai perguntou: 
- E aí, filha, como foi a prova? - Igual a Antártica. Como assim? Ah, pai tudo abaixo de 0!

O bêbado: 
- Seu guarda, pode me dizer aonde é o outro lado da rua?
- É daquele lado.
 -Ué, eu estava lá e me disseram que era aqui.

- Na minha época as notas baixas eram punidas com uma boa surra.
 – Legal, pai! Que tal pegarmos o professor na saída amanhã? 

- Não chore, Joãozinho! Quando gente pequena chora muito acaba ficando feia.
- Então quando a senhora era pequena deveria ser uma grande chorona!


A tia pergunta: 
-Joãozinho o que você quer fazer quando crescer e ficar grandão assim como eu?
-Eu quero fazer regime.

- Joãozinho, o que você está estudando?
- Geografia, mãe.
- Então, onde fica a Inglaterra?
- Na página 83!

Por que o português quando vai assistir um filme de comédia senta na ultima fila do cinema?
Porque quem ri por último ri melhor.

O filho do português ganhou um pijama. Ele gostou tanto, mais tanto do pijama que só tirou o pijama pra dormir.

- Manoel, Manoel corre, corre!
- Por quê, Maria?
- A enchente está levando seu carro!
- Deixa de ser burra a chave está aqui.

- Mamãe, deixa eu usar sutiã?
- Não!
- Eu já fiz 15 anos, deixa eu usar sutiã? 
- Já falei que não e para de perturbar, João Alberto!
  

- Mamãe, mamãe... me leva no circo?
- Não, filho... Se querem te ver, que venham aqui em casa...


- Mamãe, mamãe... na escola me chamaram de mentiroso.
- Cale-se que você nem vai à escola ainda...

O gago aborda um transeunte na rua:
- O se... senhor sa... sa... sabe, on... on... de fi... fi... ca a esco... cola de ga... ga... gagos?
- Mas para quê? O senhor já gagueja tão bem!

Adão e Eva passeavam pelo Paraíso. E Eva perguntou a Adão:
- Adão, tu me amas?
Adão, resmungando:
- E eu lá tenho outra escolha?


O homem invisível faz uma visita a uma amiga. Senhora, o homem invisível está lhe esperando, diz o mordomo. Diga que não posso vê-lo.

domingo, 30 de março de 2014

DIÁRIO DE UM BANANA

        Setembro
Terça-feira: Em primeiro lugar, quero esclarecer uma coisa: isto é um LIVRO DE MEMÓRIAS, não um diário. Eu sei o que diz na capa, mas, quando a mamãe saiu para comprar essa coisa, eu disse ESPECIFICAMENTE que queria um caderno sem a palavra “diário” escrita nele. Ótimo. Tudo que eu preciso é que um idiota me pegue com este livro e entenda errado. A outra coisa que eu quero esclarecer agora mesmo é que isso foi ideia da minha MÃE, não minha. Mas se ela acha que eu vou escrever meus “sentimentos” aqui ou coisa do tipo, ela está louca. Então, só não espere que eu seja todo “Querido Diário” isso, “Querido Diário” aquilo.
A única razão de eu ter aceitado isso é porque imagino que, mais para a frente, quando eu for rico e famoso, vou ter coisas melhores para fazer do que ficar respondendo a perguntas bestas o dia inteiro. Daí este livro vai vir a calhar.
Como eu disse, um dia vou ser famoso, mas por enquanto estou preso no ensino fundamental com uma cambada de débeis.
Só quero dizer aqui que eu acho o ensino fundamental a ideia mais estúpida já inventada. Você tem garotos como eu que ainda não deram aquele disparo no crescimento misturados com esses gorilas que têm de se barbear duas vezes por dia. E depois se perguntam por que tem tanto valentão no ensino fundamental. Se fosse por mim, os anos letivos se baseariam na altura e não na idade. Mas, por outro lado, acho que garotos como o Chirag Gupta ainda estariam no primeiro ano se fosse assim.
Hoje é o primeiro dia de aula, e agora só estamos esperando que o professor acabe logo de decidir quem senta onde. Então, pensei que podia escrever neste livro para passar o tempo. Aliás, deixe-me lhe dar um bom conselho. No primeiro dia de aula, você tem que tomar cuidado onde senta. Você entra na classe, joga suas coisas em qualquer carteira e, quando vê, o professor está dizendo:
- Espero que todos gostem de onde estão, pois estes são seus lugares permanentes.
Assim, nesta classe, acabei com o Chris Hosey na minha frente e o Lionel James atrás.
Jason Brill chegou atrasado e quase sentou à minha direita, mas, por sorte, na última hora eu consegui evitar isso. Na próxima aula eu deveria me sentar no meio de umas garotas bonitinhas assim que entrasse na sala. Mas acho que se eu fizesse isso só iria provar que não aprendi nada com o ano passado.
            Cara, eu não sei O QUE essas garotas têm na cabeça hoje em dia. As coisas eram bem mais simples no ano passado: se você fosse o corredor mais rápido, ficava com todas. E no quinto ano, o mais rápido era o Ronnie McCoy. Hoje em dia, é bem mais complicado. Agora depende das roupas que você usa ou do quanto você é rico ou se você tem uma bunda bonitinha ou sei lá mais o quê. E garotos como o Ronnie McCoy estão coçando a cabeça, se perguntando o que aconteceu. O menino mais popular do meu ano é o Bryce Anderson. O pior é que eu SEMPRE gostei de garotas, e meninos como o Bryce só começaram a se interessar por elas nos últimos dois anos.
Eu me lembro de como o Bryce agia antes. Mas é claro que agora eu não ganho nenhum crédito por ter ficado do lado das meninas por todo esse tempo. Como eu falei, Bryce é o garoto mais popular do nosso ano, então isso deixa o resto lutando pelas outras posições. Pelas minhas estimativas, sou o 52º ou 53º mais popular deste ano. E o melhor é que eu vou subir uma posição porque o Charlie Davies, que está acima de mim, vai pôr aparelho na semana que vem. Eu tento explicar toda essa história de popularidade para o meu amigo Rowley (que está provavelmente lá pelo 150º lugar, aliás), mas acho que entra por uma orelha e sai pela outra.
                                                      Trecho inicial do livro “Diário de um Banana”, de Jeff Kinney.

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terça-feira, 11 de março de 2014

FRASES DE JOGADORES DE FUTEBOL

"EU PEGUEI A BOLA NO MEIO DE CAMPO E FUI FONDO, FUI FONDO, FUI FONDO E
CHUTEI PRO GOL" (Jardel, ex- jogador do Vasco e Grêmio, ao relatar ao repórter o gol que
tinha feito)

"A BOLA IA INDO, INDO, INDO... E IU !!!"  (Paulo Nunes, comentando um gol que marcou quando jogava no Palmeiras)

"TENHO O MAIOR ORGULHO DE JOGAR NA TERRA ONDE CRISTO NASCEU" (Claudiomiro, ex-meia do Inter de Porto Alegre, ao chegar a Belém do Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de 72)

"NEM QUE EU TIVESSE DOIS PULMÕES EU ALCANÇAVA ESSA BOLA" (Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo)

"NO MÉXICO QUE É BOM. LÁ, A GENTE RECEBE SEMANALMENTE DE 15 EM 15 DIAS" (Ferreira, ex-ponta esquerda do Santos)

"QUANDO O JOGO ESTÁ A MIL, MINHA NAFTALINA SOBE" (Jardel, ex-atacante do Vasco, Grêmio e da Seleção, hoje no Porto de Portugal)

"CLÁSSICO É CLÁSSICO E VICE-VERSA" (Jardel)

"O MEU CLUBE ESTAVA À BEIRA DO PRECIPÍCIO, MAS TOMOU A DECISÃO CORRETA DEU UM PASSO À FRENTE" (João Pinto, jogador do Benfica de Portugal)

"A MOTO EU VOU VENDER E O RÁDIO EU VOU DAR PARA MINHA AVÓ" (Biro Biro, ex-jogador do Corinthians, ao responder a um repórter o que iria fazer com o "Motorrádio" que ganhou como melhor jogador da  partida)

"EU DISCONCORDO COM O QUE VOCÊ DISSE" (Vladimir, ex-meia do Corinthians, em uma entrevista à Rádio Record)

"NA BAHIA É TODO MUNDO MUITO SIMPÁTICO. É UM POVO MUITO HOSPITALAR" (Zanata, baiano, ex-lateral do Fluminense, ao comentar sobre a hospitalidade do povo baiano)

"JOGADOR TEM QUE SER COMPLETO COMO O PATO, QUE É UM BICHO AQUÁTICO E GRAMÁTICO" (Vicente Matheus, eterno presidente do Corinthians)

"O DIFÍCIL, COMO VOCÊS SABEM, NÃO É FÁCIL" (Vicente Matheus)

"HAJA O QUE HAJAR, O CORINTHIANS VAI SER CAMPEÃO" (Vicente Matheus)

"SE ENTRA NA CHUVA PARA SE QUEIMAR" (Vicente Matheus)

"O MAIOR GENERAL DA FRANÇA É O GENERAL ELETRIC" (Vicente Matheus, ao responder uma pergunta dos franceses que queriam comprar Sócrates)

"O SÓCRATES É INVENDÁVEL, INEGOCIÁVEL E IMPRESTÁVEL" (Vicente Matheus, ao recusar a oferta dos franceses)


"NÃO TEM OUTRA, TEMOS QUE JOGAR COM ESSA MESMA" (Reinaldo, do Atlético, ao responder a pergunta do repórter se ele ia jogar com aquela chuva)

quarta-feira, 5 de março de 2014

VERSÕES DE CHAPEUZINHO VERMELHO

CHAPEUZINHO VERMELHO (VERSÃO DOS CAMPONESES)

Era uma vez...
Uma garotinha que tinha que levar pão e leite para sua avó. Enquanto caminhava alegremente pela floresta, um lobo apareceu e perguntou-lhe onde ia.
À casa da vovó - respondeu ela prontamente.
O Lobo muito esperto, chegou primeiro à casa, matou a vovó, colocou seu sangue numa garrafa, fatiou sua carne num prato, comeu e bebeu satisfatoriamente, guardou as sobras na despensa, colocou sua camisola e esperou na cama.
Toc. Toc. Toc. Soou a porta.
Entre, minha querida - disse o lobo.
Eu trouxe o pão e o leite para a senhora, vovó - respondeu Chapeuzinho Vermelho.
Entre minha querida. E coma algo, tem carne e vinho na despensa - disse o lobo.
A Menina comeu o que lhe foi oferecido, e enquanto comia o gato de sua vó a observava aos murmúrios:
"Meretriz! Então, comes a carne e bebes o sangue de tua avó com gosto. Ata teu destino ao dela."
Então o Lobo disse:
Dispa-se e venha para cama comigo
O que faço com meu vestido? - questionou Chapeuzinho.
Jogue na lareira. Não precisará mais disso - respondeu o lobo.
E para cada peça de roupa que a garota retirava, copete, anágua, meias, a garota refazia a mesma pergunta, e o lobo respondia:
"Jogue na lareira. Não precisará mais disso"
Então a garota deitou-se ao lado do lobo, e ao sentir o toque do pelo roçar em seu corpo disse:
Como a senhora é peluda vovó – exclamou Chapeuzinho
É para te esquentar, minha neta - respondeu o lobo.
Que unhas grandes a senhora tem!
São para me coçar, minha querida
Que dentes grandes a senhora tem!
São para te comer
E então a devorou.
... Fim.


Chapeuzinho Vermelho (por Charles Perrault)

Era uma vez uma jovem aldeã, a mais bonita que fosse dado ver; a sua mãe era
louca por ela e a avó mais ainda. Esta boa mulher mandou fazer-lhe um capucho
vermelho, que lhe ficava tão bem que em todo o lado lhe chamavam Capuchinho
Vermelho.
Um dia a mãe, tendo cozido pão e feito bôlas1, disse-lhe: «Vai ver como está a tua
avó, porque me disseram que está doente; leva-lhe uma bôla e este potinho de
manteiga».
Capuchinho Vermelho partiu imediatamente para a casa da avó, que morava numa
outra aldeia. Ao passar num bosque encontrou o compadre Lobo, que tinha muita
vontade de comê-la, mas não se atrevia a tal por causa de alguns lenhadores que
estavam na floresta. Perguntou-lhe aonde ela ia; a pobre criança, que não sabia que é perigoso deter-se para escutar um Lobo, disse-lhe:
«Vou ver a minha avó e levar-lhe uma bôla com um potinho de manteiga que a
minha mãe lhe manda».
«Ela mora muito longe?» perguntou o lobo.
«Ó! Sim», disse Capuchinho Vermelho, «é para lá do moinho que vê lá mesmo ao
fundo, ao fundo, na primeira casa da aldeia».
«Pois bem», disse o Lobo, «eu também quero ir vê-la; vou por este caminho e tu
vai por aquele, a ver quem chega lá primeiro».
O Lobo desatou a correr com toda a força pelo caminho mais curto e a jovem foi
pelo caminho mais longo, entretendo-se a colher avelãs, a correr atrás das borboletas e a fazer ramos com as florezinhas que encontrava.
O Lobo não demorou muito a chegar a casa da avó; bate à porta: Toc, toc.
«Quem está aí?»
«É a sua pequena, Capuchinho Vermelho», disse o Lobo disfarçando a voz, «que
lhe traz uma bôla e um potinho de manteiga que a minha mãe lhe manda».
A boa avó, que estava de cama por se achar adoentada, gritou-lhe: «Puxa a cavilha,
que o trinco cairá».
O Lobo puxou a cavilha e a porta abriu-se. Ele atirou-se à velhinha e comeu-a em
menos de nada; porque há três dias que não comia. Depois fechou a porta e foi-se
deitar na cama da avó, à espera de Capuchinho Vermelho, que algum tempo depois
veio bater à porta. Toc, toc.
«Quem está aí?»
Capuchinho Vermelho, que ouviu a voz grossa do Lobo, primeiro teve medo, mas
pensando que a avó estivesse constipada, respondeu: «É a sua pequena, Capuchinho
Vermelho, que lhe traz uma bôla e um potinho de manteiga que a minha mãe lhe
manda».
O Lobo gritou-lhe, adoçando um pouco a voz: «Puxa a cavilha, que o trinco cairá».
Capuchinho Vermelho puxou a cavilha e a porta abriu-se.
O Lobo, vendo-a entrar, disse-lhe enquanto se escondia sob a colcha: «Põe a bôla e
o potinho de manteiga em cima da masseira e vem deitar-te comigo».
Capuchinho Vermelho despe-se e vai meter-se na cama, onde ficou muito
espantada de ver as formas da avó em camisa de noite2; e disse-lhe:
«Avó, que grandes braços tem!»
«É para melhor te abraçar, minha filha.»
«Avó, que grandes pernas tem!»
«É para correr melhor, minha pequena.»
«Avó, que grandes orelhas tem!»
«É para escutar melhor, minha pequena.»
«Avó, que grandes olhos tem!»
«É para ver melhor, minha pequena.»
«Avó, que grandes dentes tem!»
«É para te comer.»
E, ao dizer estas palavras, o Lobo malvado atirou-se sobre Capuchinho Vermelho e
comeu-a.
MORALIDADE
Vê-se aqui que crianças jovens, sobretudo moças belas, bem feitas e gentis, fazem
muito mal em escutar todo o tipo de gente; e que não é coisa estranha que o lobo
tantas delas coma. Digo o lobo, porque nem todos os lobos são do mesmo tipo. Há-os
de um humor gracioso, subtis, sem fel e sem cólera, que — familiares, complacentes e doces — seguem as jovens até às suas casas, até mesmo aos seus quartos; mas ai!
Quem não sabe que estes lobos melosos são de todos os lobos os mais perigosos.

Chapeuzinho Vermelho - Irmãos Grimm



Era uma vez uma meninazinha mimosa, que todo o mundo amava assim que a via, mas mais que todos a amava a sua avó. Ela não sabia mais o que dar a essa criança. Certa vez, ela deu-lhe de presente um capuzinho de veludo vermelho, e porque este lhe ficava tão bem, e a menina não queria mais usar outra coisa, ficou se chamando Chapeuzinho Vermelho.
Certo dia, sua mãe lhe disse:
– Vem cá, Chapeuzinho Vermelho; aqui tens um pedaço de bolo e uma garrafa de vinho, leva isto para a vovó; ela está doente e fraca e se fortificará com isto. Sai antes que comece a esquentar, e quando saíres, anda direitinha e comportada e não saias do caminho, senão podes cair e quebrar o vidro e a vovó ficará sem nada. E quando chegares lá, não esqueças de dizer bom-dia, e não fiques espiando por todos os cantos.
– Vou fazer tudo como se deve – disse Chapeuzinho Vermelho à mãe, dando-lhe a mão como promessa.
A avó, porém, morava lá fora na floresta, a meia hora da aldeia. E quando Chapeuzinho Vermelho entrou na floresta, encontrou-se com o lobo. Mas Chapeuzinho Vermelho não sabia que fera malvada era aquela, e não teve medo dele.
– Bom-dia, Chapeuzinho Vermelho – disse ele.
– Muito obrigada, lobo.
– Para onde vai tão cedo, Chapeuzinho Vermelho?
– Para a casa da vovó.
– E o que trazes aí debaixo do avental?
– Bolo e vinho. Foi assado ontem, e a vovó fraca e doente vai saboreá-lo e se fortificar com o vinho.
– Chapeuzinho Vermelho, onde mora a tua avó?
– Mais um bom quarto de hora adiante no mato, debaixo dos três grandes carvalhos, lá fica a sua casa; embaixo ficam as moitas de avelã, decerto já sabes isso – disse Chapeuzinho Vermelho.
O lobo pensou consigo mesmo: “Esta coisinha nova e tenra, ela é um bom bocado que será ainda mais saboroso do que a velha. Tenho de ser muito esperto, para apanhar as duas”.
Então ele ficou andando ao lado de Chapeuzinho Vermelho e logo falou:
– Chapeuzinho Vermelho, olha só para as lindas flores que crescem aqui em volta! Por que não olhas para os lados? Acho que nem ouves o mavioso canto dos passarinhos! Andas em frente como se fosses para a escola, e no entanto é tão alegre lá no meio do mato.
Chapeuzinho Vermelho arregalou os olhos, e quando viu os raios de sol dançando de lá para cá por entre as árvores, e como tudo estava tão cheio de flores, pensou: “Se eu levar um raminho de flores frescas para a vovó, ela ficará contente; ainda é tão cedo, que chegarei lá no tempo certo”.
Então ela saiu do caminho e correu para o mato, à procura de flores. E quando apanhava uma, parecia-lhe que mais adiante havia outra mais bonita, e ela corria para colhê-la e se embrenhava cada vez mais pela floresta adentro.
O lobo, porém, foi direto para a casa da avó e bateu na porta.
– Quem está aí fora?
– É Chapeuzinho Vermelho, que te traz bolo e vinho, abre!
– Aperta a maçaneta – disse a vovó –, eu estou muito fraca e não posso me levantar.
O lobo apertou a maçaneta, a porta se abriu, ele foi, sem dizer uma palavra, direto para a cama da vovó e engoliu-a. Depois, ele se vestiu com a roupa dela, pôs a sua touca na cabeça, deitou-se na cama e puxou o cortinado.
Chapeuzinho Vermelho, porém, correu atrás das flores, e quando juntou tantas que não podia carregar mais, lembrou-se da vovó e se pôs a caminho da sua casa. Admirou-se ao encontrar a porta aberta, e quando entrou, percebeu alguma coisa tão estranha lá dentro, que pensou: “Ai, meu Deus, sinto-me tão assustada, eu que sempre gosto tanto de visitar a vovó!”.
E ela gritou:
– Bom-dia!
Mas não recebeu resposta. Então ela se aproximou da cama e abriu as cortinas. Lá estava a vovó deitada, com a touca bem afundada na cabeça, e um aspecto muito esquisito.
– Ai, vovó, que orelhas grandes que você tem!
– É para te ouvir melhor!
– Ai, vovó, que olhos grandes que você tem!
– É para te enxergar melhor.
– Ai, vovó, que mãos grandes você tem!
– É para te agarrar melhor.
– Ai, vovó, que bocarra enorme que você tem!
– É para te devorar melhor.
E nem bem o lobo disse isso, deu um pulo da cama e engoliu a pobre Chapeuzinho Vermelho.
Quando o lobo satisfez a sua vontade, deitou-se de novo na cama, adormeceu e começou a roncar muito alto. O caçador passou perto da casa e pensou: “Como a velha está roncando hoje! Preciso ver se não lhe falta alguma coisa”. Então ele entrou na casa, e quando olhou para a cama, viu que o lobo dormia nela.
– É aqui que eu te encontro, velho malfeitor – disse ele –, há muito tempo que estou à tua procura.
Aí ele quis apontar a espingarda, mas lembrou-se de que o lobo podia ter devorado a vovó, e que ela ainda poderia ser salva. Por isso, ele não atirou, mas pegou uma tesoura e começou a abrir a barriga do lobo adormecido. E quando deu algumas tesouradas, viu logo o vermelho do chapeuzinho, e mais um par de tesouradas, e a menina saltou para fora e gritou:
– Ai, como eu fiquei assustada, como estava escuro lá dentro da barriga do lobo!
E aí também a velha avó saiu para fora ainda viva, mal conseguindo respirar. Mas
Chapeuzinho Vermelho trouxe depressa umas grandes pedras, com as quais encheu a barriga do lobo. Quando ele acordou, quis fugir correndo, mas as pedras eram tão pesadas, que ele não pôde se levantar e caiu morto.
Então os três ficaram contentíssimos. O caçador arrancou a pele do lobo e levou-a para casa, a vovó comeu o bolo e bebeu o vinho que Chapeuzinho Vermelho trouxera, e logo melhorou, mas Chapeuzinho Vermelho pensou: “Nunca mais eu sairei do caminho sozinha, para correr dentro do mato, quando a mamãe me proibir fazer isso”.


terça-feira, 4 de março de 2014

FALA E ESCRITA

FALA é uma das formas de comunicação. É um modo de transmitir mensagens oralmente que envolve a coordenação precisa de movimentos neuromusculares orais, a fim de produzir sons e unidades linguísticas (fonemas, palavras e frases), através da articulação dos sons.

ESCRITA é um sistema simbólico de comunicação, que normalmente surge na sequência do desenvolvimento da linguagem oral. A linguagem escrita é constituída de um nível receptivo (leitura) e um nível expressivo (escrita).

Leia atentamente o texto abaixo, deduza quem poderia tê-lo escrito e reescreva-o, de modo adequado para que possa ser bem compreendido na linguagem escrita.

Receita Casera Minera de Môi de repôi nu ài e ói.

Ingridienti:
5 denti di ái
3 cuié di ói
1 cabeça di repôi
1 cuié di mastumati

Modi fazê:
casca o ái, pica o ái i soca o ái cum sá
quenta o ói na cassarola
foga o ái socado no ói quenti
pica o repôi beeemmm finim
fogá o repôi no ói quenti junto cum ái fogado
põi a mastumati mexi cum a cuié prá fazê o môi.


Sirva cum rôis e melete.

Dá prá dois cumê.

(Bão prá fazê no domingo.)

segunda-feira, 3 de março de 2014

MUITAS CHAPEUZINHOS: MERGULHANDO NO UNIVERSO DOS CONTOS DE FADAS


1-    JUSTIFICATIVA:
                Desde a Idade Média, os contos de fadas são contados e recontados seja de forma oral ou escrita, fato que permite com que seus significados e seus valores sejam revistos constantemente. Dessa forma, a proposta de trabalho com contos de fadas, mais precisamente com as variações de Chapeuzinho Vermelho, abrem espaço para debates, comparações, conhecimento da cultura em diferentes momentos históricos e, com tudo isso, ampliação do conhecimento de mundo por parte dos alunos que participarão do trabalho.
                Além disso, o projeto contará o registro dos textos criados pelos alunos na forma de um livro impresso, fator que gera motivação por parte dos alunos para a prática da escrita e reescrita.
                A escolha da história de Chapeuzinho Vermelho com o principal conto de fadas trabalhado se deve principalmente ao fato de que em nossa escola, existe, ainda que de forma um tanto esquecida um plano de trabalho que prevê a identidade como tema transversal em C10. Tal tema permite a exploração das questões que envolvem sexualidade, tão instigadoras na faixa etária desses alunos. Sabemos que esse conto permite uma interpretação que leva justamente a essa questão principalmente quando levamos em conta suas versões mais antigas, e, portanto, espera-se um grande interesse por parte dos alunos.
2-    OBJETIVOS:
·    Interpretar textos levando em conta o tempo, o espaço e a cultura em que o mesmo se insere;
·    Elaborar textos narrativos com estrutura, correção, coerência e coesão;
·     Adquirir a prática da correção e reescrita de textos com autonomia;
·    Despertar o interesse pela leitura e escrita juntamente com o reconhecimento de sua importância.
3-    PÚBLICO-ALVO:
Turmas de C10.
4-    PERÍODO DE EXECUÇÃO:
No decorrer do ano de 2013.
5-    DESENVOLVIMENTO/ METODOLOGIA:
No início do ano, as turmas de C10 irão interagir intensamente com uma diversidade de versões dos contos de Chapeuzinho Vermelho. As versões selecionadas serão:
· Versão dos camponeses;
· Versão de Perrault;
· Versão dos Irmãos Grimm;
· Versão atualizada a partir do conhecimento dos alunos;
· Versão cinematográfica “A garota do capuz vermelho”;
· Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque.
A partir dessas leituras serão analisados vários fatores como as características dos contos de fadas, os elementos simbólicos, o contexto de cada conto, entre outras discussões que poderão surgir no decorrer das aulas.
Ao final desse período os alunos produzirão individualmente sua própria versão da Chapeuzinho Vermelho e farão uma avaliação de interpretação acerca de uma das versões mencionadas acima.
No entanto, o projeto se estenderá no decorrer do ano através de reescritas, que deverão dar conta de melhorias dentro de aspectos trabalhados em sala de aula, entre os quais ortografia, pontuação, estrutura e enquadramento em um determinado modelo de texto. Além de seguir sugestões que serão dadas pela professora a cada conteúdo estudado como incluir descrição ao texto assim que estudado os adjetivos ou enriquecê-lo com advérbios assim que os mesmos tenham sido estudados.
Fica ainda a sugestão de um passeio à feira do livro com a finalidade de entrevistar escritores sobre o fazer literário já que os alunos poderão se identificar por estarem também trabalhando com a escrita.
No final do ano, a versão final dos textos será digitada por cada aluno e o conjunto da versão deverá ser compilado em um livro que poderá ser uma impressão comum encadernada ou, havendo recursos da escola, uma publicação viabilizada por uma editora.

6-    RECURSOS:
* Laboratório de informática para pesquisa e digitação dos textos;
* Transporte para o passeio à feira do livro;
* Impressão/ editoração do livro;
* Lápis, caderno, borracha e caneta;
*Sala de cinema e filme “A garota do capuz vermelho”.
7-    AVALIAÇÃO:

Os alunos serão avaliados durante todo o processo. Ao redigirem seus textos, os mesmos serão encaminhados a colegas de outras equipes que apontarão os problemas do texto, seja em nível de ortografia, de conteúdo, de estrutura, de organização das ideias ou outros aspectos. O texto será devolvido ao seu autor, que fará a correção e, então, a professora fará uma última revisão para que o mesmo seja publicado da melhor forma possível. Todas as versões do trabalho serão organizadas em uma pasta para que se possa acompanhar as dificuldades do aluno que precisam ser trabalhadas mais a fundo, as dificuldades gerais da turma e o desenvolvimento individual.

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